Homenagem à Hallina

terça-feira, 25 de março de 2008



Em 26 de fevereiro de 2008, recebi um email de uma protetora sobre uma gatinha para adoção.

Havia perdido a minha Tita, depois de 13 anos de convivência no ano passado, em outubro, onde devido à idade, complicações renais, somadas algumas inexperiências veterinárias, seus rins pararam de funcionar, ela entrou em convulsões e teve que ser sacrificada...

Nunca imaginei tendo que passar por esta escolha, mas vendo-a no estado em que se encontrava, já com o corpo sem reações, sendo as únicas, as convulsões que teve em seu último dia de meia em meia hora, achei mais merecido pra ela, juntamente segundo também conselho veterinário.

Durante sua partida, inspirada também no exemplo da protetora Silvana, cantei em seu ouvido, orei para que ela me entendesse e que pudesse partir com meu último conforto...E assim ela partiu...

Depois contarei mais sobre como Tita agravou sua saúde, chegando ao óbito.

Passado então alguns meses, sempre rezava (cada um com sua religião), para que eu, de alguma forma pudesse ser presenteada com seu retorno à nossa casa, de alguma forma, como os budistas ou espíritas acreditam...

Comecei após alguns meses à sonhar que ia onde ela havia sido sepultada, e não encontrava mais seu corpinho mais ali.

Mais alguns meses e sonhei que ela estava viva, havendo fugido de casa(moro em apto).

Quando fui buscá-la, pegando-a no colo, ela tomou a forma de uma gata branca, com o rabinho e um “lacinho” escuro na cabeça. No momento em que falei: -Tita, não é pra fugir!, ela voltou a ter a forma como era. Preta e branca.

Fiquei com a mensagem na minha cabeça de que ela poderia estar me indicando a forma a qual ela tomaria para renascer novamente...

Já li muitos artigos espíritas que descrevem a reencarnação dos animais em seu meio de identificação, já que é um facilitador para o aprendizado e sua evolução.

Nunca saberemos ao certo, mas creio nesta possibilidade e já li alguns casos relatados.

Sendo assim, comecei a procurar algum gatinho que tivesse as características como a de meu sonho, não encontrando nenhum.

Como tenho uma família grande de siameses, e moro em apto, não poderia ficar “arriscando” todos que fossem parecidos, na tentativa de reencontrar Tita.

Rezei e pedi pra Deus que fosse de Sua vontade, que ele me indicasse o caminho.

Certa vez, recebi o email de Silvana, que havia resgatado uma gatinha, enviando email pra que conseguisse um adotante.

Quando olhei a foto, não tive dúvidas! Era idêntica à de meu sonho.

Não hesitei. Adotei no dia seguinte, colocando o nome de Hallina, que significa iluminada, já que o nome provém de Halo, aquela luz que envolve a cabeça dos Santos nas pinturas religiosas, e também é um nome Judeu, donde tenho raízes e me compadeço muito com a dor deste povo.

Antes que Hallina chegasse em casa, liguei para o Pet-shop, onde estava sendo cuidada para saber sobre ela.

Uma das veterinárias me disse que estava espertinha.

Não sabia me dizer muito sobre, e comentou que talvez estivesse sendo castrada ou ia para castração.

Pra falar a verdade, haviam 2 gatinhos brancos e na hora pensei que estivessem se confundindo.

Aí, já surgiam os sinais da falta de comunicação...mas não percebi.

Perguntei quanto tempo tinha e a recepcionista me disse que havia ouvido falar em 4 meses.

Já a vet depois me disse 2 meses.

Obs 1: Penso que a cada animal, deveria se fazer um prontuário, para que os outros pudessem se informar do que realmente estivesse acontecendo com o animal aos interessados e também em sinal de respeito ao animalzinho, para que fosse acompanhado corretamente quanto aos seus cuidados, uma vez que sabemos que há turnos de veterinários, normalmente em clinicas grandes.

Uma meia hora antes de Silvana chegar em casa, minha ansiedade me fez ligar novamente ao Pet pra saber se ela já a estava trazendo em casa e perguntar mais um pouco sobre a bichinha.

Foi então que a mesma vet me disse que ela tinha chegado com “sintomas”de rino, mas que já estava bem e havia sido vacinada e vermifugada.

Perguntei se precisava de alguma vitamina, disse que não. Que só a observasse.(praxe)

Obs 2: A vet não me falou que ela havia chegado “com” rinotraqueíte e sim com alguns “sintomas” que“passaram”. Como sabemos que alguns sintomas enganam, deixei pra lá, na confiança da gatinha estar bem assistida.

Também não me foi mencionado que havia tomado antibióticos para tal.

Talvez por medo de que se falasse, eu pudesse desistir da adoção...Hipóteses...

Silvana então me trouxe a gatinha.

Que felicidade!Meiga, doce, com um olhar puro e pedindo confiança....

Peguei o bebezinho e logo levei à vovó Surya, a gatinha que sempre tem carinho pra dar em qualquer situação....

Ganhei a Surya (vovó) e Aratan(Tance) desde pequeninos.

Deram cria e esta foi minha primeira experiência de maternidade.

Até então era solteira e por sempre gostar de gatos, nunca pensei em ter meus filhos, até que o Universo sempre nos ensinando, hoje tenho o meu e adora gatos.

Por mais que a natureza demonstre que felinos são independentes, papai Tance sempre a cobria de cuidados e fazia também a higiene dos bebês.

Um deles, por ser grande demais, nasceu com as pernas tortas pra dentro, hoje não mais, pois voltaram quase que perfeitamente, mas ganhou o nome de Gautama, nome de Buda, por paracerem suas pernas as de Buda nas estatuetas...Taminha.Doce, gordo e sempre simpático(foto acima).

Após Surya ter seus netinhos, castrei todos.

Quando nasceram seus netos, mais uma curiosidade da natureza...

Assim como os humanos, tem alguns que nascem com o dom da maternidade, outros não.

Joe Joe (Joana) a filha de Surya, teve seus bebês, mas mesmo no parto fugia como uma criança, querendo sair da situação, ao contrário de Surya, que ficou deitadinha, tranqüila, sentindo as contrações à espera de seus filhotes...

Vovó e vovô iam atrás dela e a abraçavam com as patinhas em cima dela para que se acalmassem, como que sabendo suas dores e querendo que ela ficasse quietinha...

Nasceram todos, porém, quem mais amamentava era a vovó.

Joe fugia e não prestava os cuidados aos bebês...

Percebemos então que este talento à maternidade não é pra todos.

Com a chegada de Frida, gata que adotei logo que Tita morreu, vovó Surya logo a foi aconchegando em sua barriguinha pra amamenta-la psicologicamente...(foto anbaixo)

Frida então mamava “vento”, quer dizer, sem leite, mas absorvia o carinho, e ia até o potinho de leite pra tomar um pouquinho...dali a pouco voltava pra mamar novamente... mama até hoje.

Voltando para Hallina, quando a apresentei à Surya, esta logo foi lambendo Hallina e a acolhendo, conforme vídeo abaixo.

Os outros siameses também foram a recebendo com carinho...apenas Frida, a adotada em novembro, ficou ressabiada e não se chegou muito, fato que, com o passar do tempo, já até brincava com a nova integrante, ensinando muitas travessuras.

Coincidências: Neste mesmo dia, levei Hallina para meu quarto, e curiosamente, ela foi direta para o local que antes era o de Tita: meu criado-mudo, onde na época havia baixado a gaveta e feito uma casinha pra ela ao meu lado.

Hoje não está mais assim, mas achei muito curiosa esta reação dela.

Passado o momento da adaptação, fui ensinar Hallina onde estava a comidinha e o banheirinho.

Sou muito asseada com meus gatunos.

Dá trabalho, mas cada vez que um bichinho faz suas necessidades eu logo vou trocando o jornalzinho...afinal ninguém merece um banheiro sujo ou uma água que já está a manhã inteira ali parada....

Hallina fez seu xixi e cocô. Com um pouco de sanguezinho...bem pouco, e vomitou um monte de vermes vivos, lombrigas.

Liguei imediatamente para a vet de onde ela proveio, que me disse que se não melhorasse que desse um remédio pra giárdia, alertando também que com a vermifugação, quando o animal está muito infestado, ocorre sangramento nas fezes.

Obs 3. Não seria mais fácil fazer exame de fezes pra saber qual vermífugo dar, ao invés de ficar prescrevendo medicamentos para um gato de 1 mês e ½ de vida na suposição?

Afinal, ela estava lá, e, segundo conheço a protetora, não hesitaria em todo procedimento para que o animal fosse bem assistido...

*procurei na net sobre este fato e realmente ocorre sangramento nas verminoses, mas é importante saber se é da verminose mesmo.

Como a gata veio de lá, fiquei tranqüila, pensando que realmente sabiam seu histórico.

Fiquei então observando e não mais ocorreu o sangramento.

Na primeira noite dormi na sala, junto com todos os gatunos, para acompanhar sua adaptação.

No segundo dia, Hallina já dormia comigo e meu marido na cama...

Ah...que gostoso seu 1o. ronronar de agradecimento...

Olhávamos nos olhos e eu agradecia a Deus por este doce!

E assim foi indo....

Chegando a hora de dormir, Hallina deitada em sua almofadinha na sala, já levantava seus olhos para mim e para a porta como quem diz: -Já vamos dormir?, esperando que eu a pegasse para dormirmos juntas...

Curiosidade: Hallina, como Tita, apesar de receber boas vindas dos gatos, não gostava de se enturmar...preferia sempre a mim do que os gatos...Na cozinha, enquanto eu fazia minhas tarefa, e ela em meus pés, eu a pegava e colocava sob minha camiseta de decote “V”,deixando a cabecinha pra fora e aninhada em meu peito, como um canguru, para que pudesse lhe dar carinho e ao mesmo tempo desempenhar meus afazeres...

Tita também era assim, meio na dela.

Foi a minha primeira gata, a qual convivi por 13 anos. Quando ela tinha uns 8 anos é que chegaram os siameses e por conta de seu temperamento e histórico de abandono nunca se enturmava, como se pensasse que não era uma gata como os demais...

Passados alguns dias, ela também apresentou mais alguns sinais que me lembravam muito Tita...Engraçado...

Gosto muito de Rod Stewart, particularmente em seu cd de regravações de músicas clássicas famosas.

Sempre que tocava determinada música, Tita aparecia para que eu a pegasse no colo para dançarmos...

Quando resolvi colocar a música, Hallina veio ao meu pé...Me emocionei...

Peguei-a no colo, olhando bem em seus olhinhos azulados e mentalmente me perguntei:

-Tita?

-Será que é você?

-Puxa, mereci mesmo este presente de Deus?

-Mesmo não sabendo se sim ou não, mamãe te ama!...

E ela, parecendo entender já desde novinha os pensamentos humanos, miou pra mim e começou a ronronar....Ah! Minha paixaozinha iluminada....

E assim foram os dias crescentes de amor.

Hora vendo o carinho dos meus com ela, hora vendo seu carinho, lhe dando sempre carinho...

Até pra tomar banho ela me seguia. Eu a colocava sob o cesto de roupas e lá ela ficava até que eu terminasse.

Já estávamos com uma rotina...

Além de dormirmos juntas, com meu maridokas também, quando era lá pelas 7 da noite, hora em que eu terminava meus afazeres do lar, pegava-a no colo e ficávamos deitadas no sofá, junto ao meu filho, assistindo TV..

Este era nosso momento família...

Eu descansava, ela cochilava com a barriguinha pra cima...E como eu sabia dos vermezinhos, fazia massagem em seu abdômen pra que fosse desinchando e eliminando os gases que os vermes causam...

Hallina, com a sua barriguinha já desinchando, certa vez, fazendo massagem como de costume, percebi que dentro uma bolinha que se mexia...

Fiquei assustada e imediatamente chamei o vet daqui de perto, onde compro ração, já que não estava com carro pra leva-la onde proveio.

Ele examinou, auscultou coração e pulmão, temperatura, sinais neurológicos, a barriguinha, que estava gordinha seguramente por vermes, fez uma anamnese dela e disse que por ela estar muito magrinha e desinchando, era o “baço” e seus órgãozinhos...Que alívio!

Receitou uma vitamina à base de levedo de cerveja para colocar na comidinha ou na seringa com água.

Dali uns dias, meus gatos começaram com uma tosse e olhos lacrimejando... e como o fato já havia ocorrido quando adotei Frida, ou seja, assim que dei o Drontal, os gatos começaram com tosse e depois passou, pensei que fosse alergia à medicação.

Procurei auxílio na net, com uma amiga de confiança veterinária, que mora no RJ, e ela me disse que nunca havia ouvido falar deste sintoma após ministrar vermífugo, mas que provavelmente o remédio diminui a imunidade e que eles talvez estivessem com rino, provavelmente pego da gatinha...

Chamei o vet aqui de perto novamente, para que visse meus 5 gatos infectados. Realmente era rino.

Porém, ele também observou Hallina novamente, descartou rino dela e qualquer outra afecção, apenas mantendo o complemento vitamínico como prescrição, já que estava com processo de desinfestação verminosa e então com déficit de vitaminas.

Meus gatos eram vacinados contra rino, mas talvez pela vacina vencer em final de abril, fosse este o motivo de contraírem.

OBS 4: Por quê, os vets da clínica em que a gatinha veio, não ministraram alguma vitamina, já que examinada por outro vet, o daqui de perto, foi verificada anemia e necessidade de reposição vitamínica?

Comecei então a ministrar os remédios aos meus e também acompanhando Hallina, que já era minha sombra...

Comprei a vitamina e dia seguinte fui ministrar.

Hallininha já estava mais ativa, querendo brincar aos pouquinhos com os outros, sempre muito atenta e comilona.

Dei o levedo e em seguida um lambisquinho pra agradá-la, que até rosnou com medo de tirar dela...

Frida a havia ensinado as traquinagens...

Quando Frida veio pra cá, rosnava pra que nenhum gato comesse com ela, por medo e defesa, já que veio da rua. Aos poucos foi deixando este hábito.

Com a chegada de Hallina, voltou a rosnar na hora de comer, ensinando a nova integrante ao hábito...

Eu falava então pra Frida, quando Hallina rosnava:

-Tá vendo? Fica ensinando traquinagem e agora recebe o retorno de seu exemplo, menina! rs*

Também até hoje, Frida é a única que faz suas necessidades no ralo de meu banheirinho de empregada...e Hallina já a estava imitando...

Assim, todo dia, a mamãe humana lava o banheiro com água e sabão e ia acarinhando Hallina para que não rosnasse mais enquanto comia....

Continuando, assim que dei o levedo, Hallina começou a apresentar um desconforto abdominal, miava pra mim como que querendo saber o que estava acontecendo...

Não achava posição pra ficar, queria se esconder...

Provavelmente deveria estar com cólica, mas como era tão fragilzinha, comecei a me preocupar....

Fiz massagem, apliquei Reiki, e como era tarde da noite, dormi com ela, já intentando leva-la ao vet no dia seguinte logo cedo.

Liguei pro vet (o que receitou levedo, já que ele havia visto e constatado sua saúde estar ok, à não ser a anemia) e ele me falou que talvez fosse cólica, que desse um pouco de mel e aguardasse mais umas horas, do contrário que a levasse lá.

Hallina já estava se acomodando melhor do que antes, mas não queria comer. Vomitou uma água da cor da levedura e um pouco de comida já digerida e continuava só querendo dormir.

Cada minuto que se passava eu ia me preocupando...Talvez fosse uma cólica, mas e se não?

No intuito de pensar em fazer o melhor, decidi levá-la de onde havia vindo, pensando que, por acompanharem seu histórico, pudessem avaliar melhor seu estado.

Aí foi meu erro, querendo acertar.

Chegando lá, contei o que havia acontecido, sobre a vitamina e a falta de posição imediata depois, esperando que fosse medicado algo pra dor, mas não.

A vet logo achou que ela estava desidratada, com anemia (já havia vindo de lá assim, sem que fosse prescrito vitaminas) e com respiração mais intensa.

Sem sequer perguntar se ela estava se alimentando ou não, como estavam as fezes, ouvir o coração e pulmão com o estetoscópio, já foi dando soro com vitaminas e aplicando 2 antibióticos combinados, um de cada lado do lombo e declarou rinotraqueíte mal curada. Obs. Deu quase metade do blister pequeno de soro.

Perguntei então:

-Ela teve rino?

-Não eram só sintomas que passaram como me foi dito?

Aí então é que soube da verdade...

Hallina havia chegado na clínica com os olhos fechados de tanta secreção e tomado 3 dias de antibiótico.

OBS 6: Honestamente...Deveriam ter me dito o histórico do animalzinho desde cedo. Até onde sei, um antibiótico deve ser tomado pelo menos por 5 dias. E mal passado os sintomas e a cura, antes mesmo de se recuperar já lhe deram a vacina?

Não só isso.

E se fosse alguma doença que contagiasse seriamente meus gatos? Felizmente eles se contagiaram com a rino e já estão curados.

A protetora desde o inicio havia se prontificado a assumir sua assistência.

E sei que isso é verdade. A conheço!

Não deveriam tê-la deixado em quarentena pra evitar contagio?

Ou ao menos me avisar para que fizesse isto aqui em casa?

Depois soube que nem à ela, protetora foi narrado o seus diagnósticos, enquanto ela acompanhava o caso, antes da adoção.

Continuando....

Hallina começou a querer fugir enquanto sua barriguinha antes magrela da desvermifugação, já ia inchando do soro, reclamando e apresentando suas defesas, ou seja querendo fugir de lá.

E mais um remédio foi dado no soro.

Fez xixi no chalezinho, um cocozinho fedido meio mole. Claro, não havia comido nada até então.

Trouxe-a de volta, com a indicação de “mais um antibiótico” e “agora sim”, a receita de uma vitamina e mais um antibiótico que nem tive tempo de utilizar.

Hallina já não se mexia.

Suas pupilas foram ficando paradas e buscava ficar com o pescoço pra baixo, pra poder respirar.

Levei-a de volta.

Chegando lá, tive que repetir tudo novamente o que aconteceu e a vet que nos atendeu no turno da vez, não sabia qual remédio havia sido ministrado.

Não havia um prontuário do animal, nem ao menos do caso atendido no dia.

Não havia colchão térmico, sendo improvisado 2 soros em blister aquecidos no microondas para fazer a vez.

A dra. “da vez” auscultou seu coração e pulmão e disse ou ser pneumonia, devido à levedura que acidentalmente havia ido para o pulmão, ou à rino.

Resolveram tirar raio x.

Pra tirar chapa do pulmão, a vet teve ainda que ligar pro responsável para saber a voltagem.

Foram tiradas 2 chapas.

Não ficaram tão boas. (Hoje imagino que não sabiam lê-las)

Continuou a possibilidade de pneumonia e aplicado um medicamento pra aumentar hemácias e expectoração.

Também houve a hipótese de diafragma perfurado devido a algum chute e que isto justificaria o liquido no abdômen.

Ela veio de rua? A vet nem sabia que havia sido cuidada lá mesmo...

Hipóteses...incertezas...porém, já com mais medicação pra elas...

Sugeriu-se inalação, mas não havia a ampola que facilita a expectoração.

Pedi ao meu marido que comprasse.(pode?!).

Nesta espera, a gata foi ficando fria, arrocheada de falta de oxigênio.

Fomos até a sala de cirurgia pra quem sabe utilizar o oxigênio do aparelho de anestesia inalatória.

Nem a vet ou o auxiliar não sabiam onde mexer pra sair só o oxigênio e ninguém dali..Não deveriam instruí-la?

No local havia uma estufa, onde foi improvisado uma caixa de plástico, daquelas do gato fazer xixi, só que nova, claro, pra colocar Hallina em cima da estufa e se esquentar, já que o colchão aquecido estava dando curto... e.não tinha outro!

Meu marido chegou com a ampola.

Aquecida a água, pusemos a carinha da gatinha pra inalar.

Mais medicação.

Hallina, já totalmente mole e sem resposta à estímulos....

A esta altura, neste dia, já havia tomado 2 antibióticos para “suposta rino”, mais 1 pra “suposta pneumonia”, mais 1 outro que não sei bem pra quê, mais 1 na inalação...5 no total numa gata de 2 meses.

Quando paramos a inalação ela teve um espasmo e suas pupilas se abriram de vez, partindo pra nosso Pai.

Fiquei em choque.

Me deram água com açúcar e deixei a gatinha pra ser sepultada com uma das vets que disse morar numa vila, onde lá já havia colocado muitos dos seus...

OBS 5: Esta ultima dra. que me atendeu, dentro do que o petshop “dispunha” tentou dar nó em pingo d´água,e foi muito prestativa....

O problema que vejo é, além da falta de um prontuário pra saber o que foi ministrado, e acompanhar o histórico do animal, há falta de equipamento importante e a instrução para sua utilização.

Talvez, com o oxigênio, a gata pudesse sobreviver;

Talvez com o histórico, pudessem avaliar melhor a causa.

O líquido no abdômen provavelmente era o soro que ainda estava sendo absorvido, a respiração ofegante poderia ser devido a este excesso a ser absorvido ou não.

No dia seguinte, a Dra que nos atendeu inicialmente, quando a gatinha ainda estava só com dor, mas atenta e que ministrou os 2 medicamentos para rino, me ligou pra dizer que haviam olhado a chapa, que não era pneumonia e que poderia ser PIF.

Ou seja, diagnostico errado como sendo pneumonia, inalação, remédios provavelmente inadequados, levando-a à morte.

E se fosse PIF,como salutou depois, os sintomas seriam inapetência, ou seja falta de apetite, sintomas neurológicas, diarréia, volume aquoso no abdômen,etc...Todos os sintomas que ela NÃO TINHA. Eu já havia me informado sobre isso, quando meus gatos começaram a tossir e o outro veterinário que receitou a vitamina posteriormente também a analisou muito bem, descartando este possibilidade.

O que vejo foi uma tentativa pra amenizar a situação do pronto atendimento, somado à falta de consideração em pedir para a pessoa que está sofrida ter que repetir os erros que vivenciou na ausência do socorro devido à falta de equipamentos adequados e falta de senso do que ocorre lá na clínica.

Em outras palavras, a dra. da noite não sabia o que foi ministrado à tarde e a da do dia seguinte não sabia direito o que aconteceu à noite!

Pergunto:

A gata não proveio de lá? Será que não sabem o que fazem, o que ministram, seu quadro geral?

Posteriormente, meu marido, quando estava mais calma e conformada, me disse que enquanto eu estava lá em cima com a gatinha, a outra assistente lhe confessou talvez ter sido ministrado remédios demais.

Ainda inconformada com o descaso de sua ida, pesquisei com alguns profissionais, e descobri que não se deve ministrar vacina logo em seguida da cura da doença.

O problema veio daí, somado à ausência de informações pra mim e dentro da clínica, sobre ela.

Realmente a gatinha havia tido rinotraqueíte, tomado 3 dias de medicamento e logo após foi vacinada. Sua imunidade ainda estava baixa, estava se reabilitando e nem foi respeitado este período, já aplicando-lhe a vacina e o vermífugo. Tudo em muito pouco tempo!

Vemos até em crianças, que quando doentes não devem tomar vacina antes de recuperarem seu sistema imunológico.

Foi o que já de antemão ocorreu.

Ou seja, sua imunidade já era baixíssima e não foi prescrito nenhuma vitamina, só “Observar”.

Descobri, lendo artigos, que quando o animal é vermifugado, além de perder sua imunidade, também já naturalmente adquire uma toxidade no sangue, já que os vermes mortos tornam-se toxinas.

A própria vacina também sobrecarrega o rinzinho, e baixa mais ainda a imunidade.

Descobri por outros vets, que tenho consideração, mas que estão em outros estados, que não se deve vacinar um animal de rua, após a vermifugação, logo em seguida, justamente porque eles já vem com uma baixa imunidade...e isso acarreta em quase zerá-la.

Deve-se esperar alguns dias, ministrar vitaminas para que fiquem mais defensivos e a seguir vaciná-los.

Também não se deve vacinar contra a doença que imediatamente foi curada...

Enfim.

Hoje penso que deveria tê-la levado no vet aqui de casa, mas por imaginar que lá, eles “sabiam” mais dela, deu no que deu.

Um pobre animalzinho, já sofrido das ruas em tão pouco tempo de existência, nascendo pra viver 2 meses e partir.

Creio que fosse mesmo uma cólica e isso sequer foi cogitado, mesmo eu descrevendo o que ocorreu.

O que vi foi uma overdose de medicações (antinbióticos pra rino,vacina e vermífugo tudo em curto período), uma baixa imunidade sem sustentação vitamínica;

Nesta última ida, mais medicamentos para sintoma os quais depois foram constatados após sua morte, não existirem, sobrecarregando assim seus rins, deixando-os em pane, sem condições mais de filtrar tanta toxina dos medicamentos, envenenando seu sangue, faltando assim oxigênio, levando ao óbito.

Tomei calmante por 3 dias, lembrando daquele rostinho lindo que me fazia tão bem.

Hoje tento imaginar que esta vivência dela possa servir de alerta para que atualizem os equipamentos, para que se faça um acompanhamento correto e a transmissão de informações pra todos os veterinários do local/turno e também para os protetores e adotantes, não só lá, mas sim em tantos outros locais que podem agir da mesma forma.

Engraçado, que quando a Silvana me pediu fotos dela, nenhuma saía boa...Somente uma “luz” branca, já que ela era toda branquinha...Tentei com flash, sem flash...E confesso que isso me deu até um friozinho na barriga, como um mau presságio de que ela não viveria muito...

Enfim...

Deixo aqui abaixo uma lista de aprendizados que tive, e que de repente possa auxiliar outras pessoas que muito amam seus animais.

*Ao retirar um animal das ruas lembre-se de que ele já vem com baixa imunidade.

*Não vermifuguem e vacinem tudo de uma vez.

*Consultem da possibilidade de vitaminas.Isto ajuda a recuperá-los até pra reagir caso estejam tomando mais alguma medicação pra seu próprio bem.

*Façam, se possível sorologia para verificar alguma afecção que possa ser curada a tempo e não transmitida aos sãos.

*Solicitem exame de fezes para medicar corretamente o animal.

*Lembrem-se de que um desconforto abdominal pode ser uma dificuldade respiratória, uma possível pneumonia, uma hérnia de diafragma, mas também uma simples cólica.

*Por último, vejam se no pet-shop que levam, existem todos os equipamentos necessários para assistência,e se não, cogitem outros que tenham, para que, numa necessidade emergente não passem pelo que passei.

*Lembrem-se de que todo medicamento envolve um processo renal de filtragem, cujo rim é responsável pelos nutrientes e eliminação de toxinas.

*Verifiquem sempre o cheiro da urina, se possível, do animal.

*Quando há cheiro forte, de podre ou peixe bem forte, como quando Hallina voltou pra casa da clínica, após tomar os medicamentos inadequados, no dia em que morreu, é sinal de alguma toxina presente, ou seja, os rins estão querendo filtrar incansavelmente e sem sucesso muitas impurezas.

*Utilizem-se de florais e homeopatia. Eles me ajudaram muito na recuperação da perda de Hallina, e também nos meus que contraíram rinotraqueíte, ajudando em sua recuperação.

Hallina, querida,

Te amei desde meu sonho.

Te dei tudo o que estava ao meu alcance...

Infelizmente confiei erroneamente nos profissionais do local pra te salvar.

Prefiro pensar que você, tão pequena, serviu de alerta a uma infinidade de outros.

Que Deus ilumine estas pessoas com seu exemplo para que isso não mais aconteça!

E que Deus te acolha num plano sem dor e sofrimento e perdoe estes erros humanos,

lhes mostrando a consciência, a humildade para admitir seus erros,e o verdadeiro respeito à profissão não só aos animais mas quanto a todos que envolvem.

Te amarei sempre, minha doçura!

Muita luz, onde estiver!


Para quem quiser ver a mensagem de agradecimento de Hallina à protetora que a resgatou, quando foi adotada, clique aqui.

Links sobre espiritualidade e animais:

http://www.eurooscar.com/Wagner-Borges1/wagner-borges21.htm

http://marcelbenedeti.com.br/blog/?page_id=5

Uma grande amiga veterinária e homeopata que conquistei e que possui muitos conhecimentos para nos auxiliar- RJ

http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=14979369775692896058

Memoriais e orações para os animais necessitados e que partiram:

http://apccaapoioecura.multiply.com/journal/item/5

Caso queiram deixar alguma mensagem abaixo, sejam bem vindos!


Abaixo, vídeo de Hallina, 2 dias antes de partir, já ativa e interessada nas brincadeiras com os outros gatunos...

Obrigada pela atenção e carinho!

Vista, divulgue, repasse esta idéia!!!