A importância da alimentação e suas colaborações para a diminuição da violência

“Hoje tive um final de noite ótimo!
Havia ido ao mercado e comprado muitos legumes, frutas e verduras para meu consumo semanal.
Fiz um frango xadrez regado a muita cenoura,vagem, ervilha, shitake, bem temperados com cebola e alho, pra quem gosta...
Como bebida fiz um suco de laranja e de sobremesa frutas, entre elas, manga, melão e mamão.
Ao final do jantar, um cafezinho fresco e muito bom papo sobre coisas agradáveis.
Nada de temas violentos e sim de otimismo, bem estar, colaboração, ajuda, etc...
Fomos dormir com a sensação de que teremos uma ótima manhã seguinte”

Comecei este texto de uma forma bem comum pra poder demonstrar como esta pequena atitude diária tem extensões bem maiores, se bem ou mal feita.

Proponho aqui uma pergunta: Como você se sente interna e organicamente após sair de uma refeição tipo “churrascaria”?

Calma isto não é um discurso pró vegetarianismo!

A base do que quero começar a descrever aqui é a seguinte:

Quando comemos muitas verduras, legumes e frutas, devido à riqueza de vitaminas, nosso organismo se acalma, não só por ter sido saciada a fome, mas devido às propriedades de alguns alimentos, nos equilibramos, acalmamos, alguns sintomas depressivos diminuem, e em decorrência ficamos mais otimistas, mais de bem conosco.

Nosso sono melhora, nossa qualidade socialização também, seja ela entre amigos, família ou no campo afetivo.

Sejam quais forem os problemas de cada um, quando nos alimentamos corretamente, ficamos mais lúcidos para resolvê-los, temos mais energia e calma para achar mais formas de solução, ficamos mais confiantes no resultado que queremos.

E quando estamos de bem conosco, naturalmente queremos que todos estejam, não é?

Você já reparou que quando ficamos assim, paramos pra refletir como estávamos nervosos à toa, como algum problema inesperado, seja no trabalho ou no trânsito, era pequeno...

Pois então, ao nos alimentarmos corretamente, com menos quantidade de carne e muita variedade de outros alimentos, nossa energia muda. E por causa deles!

Já quando saímos de uma churrascaria, normalmente não temos vontade de curtir o social fora do local. Sentimos sono, cansaço por ter comido demais, a carne pesa no estômago e sem o auxílio destes outros ingredientes, torna a o processo digestivo muito desgastante, consumindo o resto de nossas energias do dia.

Imagine então, como pode ser o seu resto de dia, num trabalho estafante e comendo mal...

E o que isto tem a ver com a violência?

Calma...Isso é pressa ou curiosidade?

Se for curiosidade, estou conseguindo atrair sua atenção, mas se for pressa, talvez você deva comer menos carne...

Continuando...

Considerando o bem estar desta múltipla alimentação e constatando estas verdades, (o que até quem assistiu o último programa da rede Globo/Fantástico, mostrando o quanto uma criação de gado consome de áqua e colabora para nosso déficit planetário), pode se observar que comprar legumes, frutas, verduras, dentro de um orçamento pequeno não consome muito valor, comparado ao consumo de carnes, lanches regados a muita gordura e calorias, certo?

Se pensarmos que nas classes menos abastadas, fossem realmente incentivados e aplicados todos estes benefícios, as crianças desde cedo também se tornariam menos agressivas e consumiriam este tipo de alimento por saber a real contribuição, não por qualificá-los como alternativas para fome, certo?

Portanto, não é só a educação, ou falta dela e do salário justo é que trazem problemas de violência nesta nossa sociedade. A forma errada que é transmitida na mídia e que aplicamos em casa, referente à má alimentação é que também colabora pra isso.

Já vi muitos projetos de “1 real”, onde são feitas alimentações balanceadas e pesquisadas por nutricionistas, que incluem o aproveitamento quase que total dos alimentos. Porém, esta atitude é vista como pobre, naquele sentido de “coitados, ao menos estão comendo alguma coisa”!

Diga-me aqui, qual é a uma das maiores alegrias daqueles que ganham um dinheirinho extra no mês e quase não tem nada pra comer?

Fazer um churrasco!

Pergunto, porquê?

Porque a mídia induz a isso. Ela colabora ou se ausenta da divulgação do nosso real bem estar. Ao contrário, percebe-se pela reação das pesoas frente àquela famosa propaganda a qual uma criança, com a mãe ao mercado, pede brócolis: - Nossa, isto não é normal, a maioria pensaria!

Sim é normal. Esta criança ainda não se corrompeu com a mídia ou com os costumes da maioria, e ainda tem dentro dela a essência inteligente do corpo.

Se todos pudessem ter a visão certa da tabela alimentar, consumindo assim uma maior quantidade de outros alimentos, não precisaríamos fazer Yoga, terapia, tomar antidepressivos com tanta freqüência, a não ser em casos realmente necessários.

Auxiliaríamos e educaríamos mais uns aos outros, a começar do “bom dia” com mais carinho, já que estaríamos mais leves.

Atrairíamos menos cargas negativas, economizaríamos incensos e sal grosso, pra quem usa com esta finalidade.

Seríamos menos agressivos no trânsito, faríamos uma prova com mais concentração, apresentaríamos um projeto com mais disposição.

Rico ou pobre, todos temos sentimentos, que bem alimentados induzem a mais bons sentimentos do que maus.

A agressividade humana está relacionada diretamente ao consumo alimentar. Pessoas que usam meios agressivos pela fome também se valem pelo “não ter dinheiro pra comprar a bendita carne” divulgada como alimento mais importante e raro pra eles, quanto também pela falta de instrução sobre consumo dos outros alimentos, ausência de vitaminas estas, que colaboram para que suas energias/atitudes fiquem mais agressivas.

Claro, não comer carne em prol também dos animais, é muito mais nobre, mas se começarmos a pensar em incluir mais outros itens em nossa alimentação e deixar de qualificar a carne como um item primordial em nossas refeições, com certeza vamos dar o exemplo às classes menos abastadas, incentivando este consumo inteligente.

O resultado disto é o nosso bom humor imediato por ter comido “bem” e a promoção do bom humor coletivo, do maior equilíbrio orgânico, do aumento da solidariedade e calma decorrentes da boa alimentação, dentre outros aspectos...

Se alimentar bem não custa tão caro assim.

Se também fazemos a propaganda para que se cobicem nossos atos, precisamos repensar que marketing estamos fazendo sobre nós aos outros e à sociedade.

Por último, se energia atrai energia, segundo os físicos, se somos feitos dela, e ela é adquirida também pelo que você come, qual você quer ser/atrair para o seu dia a dia?

A do tipo “light” ou tipo “agressiva”?

Safih Quelbèrt - 3/07/07

Proteção animal, violência no Mundo: em que classe social está faltando mais cultura?

O trabalho de "proteção e defesa aos animais" realizados por pequenos grupos de protetores voluntários e Ongs, ainda é pouco valorizado, difundido, e até escrachado por muitos, ora por grande parte da sociedade justificar este desdém como um assunto menos relevante frente às contas pessoais, despesas, carreira, status, busca do sucesso, e mais egoisticamente por terem medo de serem ridicularizados, afinal, proteção animal parece estar relacionada diretamente com vegetarianismo, cujos membros são seres ainda qualificados como letárgicos, sem vida, sem sangue nas veias, sem desejo sexual, sem dinheiro no bolso, sem objetivos de crescimento, etc.

Somando-se a isto, o senso comum dita que estes grupos (ambos) são pessoas “woodstockianas”, que buscam em seus atos protetores uma catarse para sua carência mal resolvida.

Na verdade, estes dados representam pura falta de informação e cultura ambiental.

Quem veste a camisa da defesa animal, de fato, não está somente defendendo outras espécies da natureza, como também, visando o bem estar de todos, incluindo daqueles que o desdenham, seja pelo escracho ou seja pela omissão, e que significa compactuar com a situação, leia-se aqui, falta de consciência e coragem em tomar atitudes, mesmo que pequenas, que colaborem para nosso bem estar, seu bem estar.

Nos países mais evoluídos, como os EUA, por exemplo, existem vários estudos sobre a influência do cuidado animal ou mal trato e o desenvolvimento de distúrbios de personalidade e serial killers.

Foram criados estatutos mais duros contra a violência à que animais são submetidos e com penas maiores, incluindo tratamento de saúde mental obrigatório para os infratores.

O FBI também passou a incluir, ao construir a ficha de um criminoso para o julgamento, as informações sobre crueldade contra o animal.

Um estudo de 28 criminosos condenados por homicídios e crimes sexuais, descobriu que a existência de crueldade contra os animais era de 36% na infância, e 46% na adolescência. (Ressler Burgess & o Douglas, 1988).Detalhe, pesquisa realizada há 9 anos atrás...

Percebe-se aqui a exata correlação: desrespeito aos animais X forte influência na situação atual de violência na sociedade como um todo.

O grau de violência do mundo, atitudes advindas do “ser humano”, está tão diretamente relacionado com o mal trato aos animais (desrespeito aos animais), quanto á falta de emprego.
Atualmente, os assuntos em pauta são o superaquecimento global, a Amazônia, as grandes catástrofes ocorridas nestes anos...Assuntos estes, de cunho tão importante como, porém de maior aceitabilidade pela sociedade.

Pergunto eu, como um dito ser humano é capaz de se preocupar em adotar atitudes que colaborem para o não superaquecimento, ou para o replantio de árvores, ou o salvamento da Amazônia, se diante de fatos corriqueiros da vida ele sequer move uma palha ou email?

É até hilário a controvérsia da conservação e replantio de novas árvores, onde nelas, conforme tenho recebido vários emails de entidades protetoras, hoje em dia tem sido encontrados cachorros "dispensados" pelos seus donos, amarrados, para que não voltem atrás...

Realmente estas árvores são muito bem cuidadas e fortes! As protetoras e veterinários solidários que os digam, quando recebem um cão quase degolado pela corrente ou corda amarrada em seu pescoço junto às tais árvores, tão protegidas, muitas vezes pelo mesmo ser humano que abandona seus fiéis amigos.

Com certeza, os que se preocupam com os animais também se preocupam com o ambiente, mas o inverso ainda está longe da realidade...

Temos muito o que aprender no tocante à convivência com semelhantes, seja da mesma espécie ou não.

A diferença entre seres e seres humanos está enraizada no nosso ego x trabalho interno da desmitificação dos sensos comuns que aprendemos e que ainda assim seguimos, com medo de sermos rejeitados pela sociedade, na desmistificação de vegetarianismo, na compreensão da totalidade da palavra humano em nosso ser e assim, na re-educação dos valores aos nossos filhos, integrantes da futura sociedade.

Abrir oportunidades para conhecer outros assuntos que não do nosso rol é bom, saudável, muda nossa rotina, nos proporciona o aprendizado em outras áreas da vida, abre horizontes e novas oportunidades de contato, leia-se aqui, contato com engenheiros, administradores, executivos, economistas,psicólogos, médicos, delegados, advogados, e muitos profissionais que vestem a camisa dos que buscam uma melhor consciência de onde também está a raiz de nossos problemas atuais.

Sempre fui questionadora, e como psicóloga, me tornei mais ainda...O que percebi nesta realidade ditada é que no tocante ao meio ambiente e aos animais, ainda existem muitas idéias errôneas e preconceituosas em relação à esta atividade, e que quase sempre estão relacionadas ao dinheiro e status...Percebo o quanto ainda estamos egoístas.

Muitos protetores voluntários possuem um bom poder aquisitivo, formação profissional, base cultural, e trabalham em grandes empresas, por exemplo, ao contrário do que se pensa.

Muitos vegetarianos acompanham seus amigos nas churrascadas e se servem de saladas e vegetais sem problemas, não deixando de conviver com o “status cultural da maioria”, ao contrário do que também se pensa. E não é porque ele ou ela são vegetarianos, que não curtem uma boa danceteria ou cinema, ou jornal, ou um fashion week bem feito e sem sacrifício animal nas vestes, claro...E diga-se roupas confeccionadas com outros materiais nobres ou reciclados é sinal de tecnologia.

Muitos países estão aprimorando suas leis e pesquisas, no tocante aos benefícios dos animais em nosso convívio, treinando os mesmos para reabilitação de doentes mentais, crianças com síndrome de down, etc, da mesma forma que muitas equipes de palhaços realizam projetos nos hospitais.

A culpa pela violência é da política, com certeza!
E se não for, até mesmo um ateu, acaba concebendo a responsabilidade da sociedade estar num caos à Deus: um negligente responsável!

É assim que muitos justificam os problemas, transferindo-os aos outros...

Grandes mudanças acontecem de formas muito pequenas e frequentes.

A questão é que a maioria dos seres humanos não busca um crescimento em novos horizontes e adjetiva preferências pessoais como cultura e cultura como status (o que está em voga), e não como conhecimento.

A busca do conhecimento além das fronteiras escola/formação profissional é adjetivada erroneamente como destinada a pessoas “zen”, e pessoas "zen" não tem objetivos de sucesso...O Zen ou é chato, ou é algo muito longe do nosso alcance.

Interpretações errôneas colaboram para que continuemos neste universo sem amor, sem profundidade, sem envolvimento,sem paz entre seres.

Os animais pagam o preço pela negligência dos atos humanos e muitos humanos não percebem que negligenciando estes fatos estão contribuindo para a violência de si próprios.

Este tema é só um exemplo.

E você?

O que você faz no seu dia a dia pra acrescentar algo de bom além de reclamar da violência?

Aos que abraçam a causa animal, divulgando a realidade, estimulando a adoção e contrinbuindo da forma que podem, meus sinceros cumprimentos!

Safih Quelbèrt - 05/04/07
safih.quelbert@gmail.com

Em tempo:


Assine a Petição:
Petição Internacional "Para mim os animais importam"
469.117 assinaturas (03:20 AM / 05/04/07)
http://www.animalsmatter.org/default.asp


Como fazer denuncias sobre maus tratos aos animais:
http://www.apasfa.org/quem/denurg.html#denuncias


Fontes:
http://www.aila.org.br/assuntos_violencia.htm
http://gballone.sites.uol.com.br/forense/criminologia.html